terça-feira, 20 de abril de 2010

Troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas. (A.N.)

Me dê assas para que eu alcance a altura necessária e veja as coisas de um ângulo diferente. Parece que minhas conclusões não estão certas. É impossível, daqui, enxergar a verdade.
O azul do céu hoje me convida a sentar, admirar a imensidão do universo. Por instantes me distraio e começo a brincar de adivinhar as formas das nuvens. Consigo, mesmo que não por muito tempo, me desligar de tudo, converso comigo mesma, reflito.
Talvez ali, naquele momento, eu tenha entendido: nada é constante! Nem mesmo o céu, que agora está convidativo, mas pode se tornar amedrontador; a brisa que toca com delicadeza meu rosto pode dar lugar à uma ventania capaz de destruir tudo.
Diante das incertezas, o que resta é abandonar a inocência. Nem mesmo as asas me livrariam de viver o que preciso. Agora, eu vou sair pra viver um pouco da calmaria que paira no ar, pois já estou pronta para um possível turbilhão.

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